Uma música toca ao fundo
E uma melodia ecoa em minha mente
Uma ciranda de dias passados
Com risos, anseios, planos para o
futuro
Um retrato de alegria
De se viver dia a dia
Sabendo que um novo amanhã
O Sol nos presentearia
Mas a música cessou
O riso se perdeu
A insegurança e a desesperança no povo
cresceu
Frio e fome, angústia e solidão
Uma dor no corpo, na alma
O abandono da esperança
A incerteza como pergunta
E o silêncio como guia e resposta
Mas lá no fundo da alma aprisionada
Uma fagulha, um pequeno calor, um
brilho tenro
Que apesar das circunstâncias de
terror
Através da fé, cultivou o amor
Trazendo nova esperança
Frágil ainda como uma flor
Mas crescente e constante
Despertando a lembrança e a confiança
De que um novo dia o sol nos
presentearia
Com um novo amanhã e um retrato de
alegria
Com risos, anseios e planos para o
futuro
Uma nova melodia para uma nova ciranda
Uma ciranda de dias vindouros
E uma
música que não terminaria.